Home Cidades Projeto de lei define faixa de preservação nas margens de rios em áreas urbanas de São José

Projeto de lei define faixa de preservação nas margens de rios em áreas urbanas de São José

por Texto Divulgação

A preservação das margens de rios e córregos em São José dos Campos é tema de um projeto de lei em tramitação na Câmara Municipal. O PL 144/2025, do vereador Carlos Abranches (Cidadania), estabelece faixas mínimas de Área de Preservação Permanente (APP) ao longo de cursos d’água naturais localizados no perímetro urbano.

A proposta garante a manutenção dos limites previstos no Código Florestal (lei federal  12.651/2012), em conformidade com a lei federal 14.285/2021, que dá essa competência aos municípios. Se aprovada, a lei prevê faixas mínimas de preservação de 30 metros para cursos d’água com menos de 10 metros de largura; 50 metros para largura entre 10 e 50 metros; e 100 metros para aqueles que tiverem entre 50 e 200 metros de largura.

Nas APPs é proibido qualquer tipo de intervenção ou uso do solo que prejudique a função ambiental, a não ser em casos autorizados por lei e pelos órgãos responsáveis. Os empreendimentos já licenciados cujos limites não atendam às faixas estabelecidas na lei deverão adotar medidas compensatórias e mitigadoras.

O texto também determina que alterações futuras nas faixas de preservação só poderão ocorrer mediante estudos técnicos, justificativa ambiental e urbanística e a realização de consultas públicas.

No caso de áreas ocupadas de forma irregular até 22 de julho de 2008, se houver interesse social e ambiental, poderá haver a regularização fundiária (lei federal 13.465/2017) mediante estudos técnicos que garantam a redução de impactos.

De acordo com o autor, é necessário equilibrar o desenvolvimento urbano com a proteção ambiental. Ele lembra que “a vegetação presente nas margens dos cursos d’água auxilia a infiltração da água no solo, minimizando o risco de alagamentos, além de evitar a erosão que pode aumentar a sedimentação dos rios, o que intensifica as inundações. A urbanização desordenada e a ocupação irregular das margens dos cursos d’água agravam os impactos das chuvas intensas”. Dessa forma, a iniciativa “visa assegurar a resiliência da cidade frente a eventos climáticos extremos, que têm se tornado mais frequentes, garantindo maior segurança hídrica e proteção à biodiversidade”, afirma o vereador.

O texto está dentro do prazo para o envio de emendas até o dia 10 de abril e passará pela análise das comissões de Justiça, Economia e Meio Ambiente, com prazo para os relatores até 29 de abril.

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