Ao todo, cadastro conta com mais de 12 mil inadimplentes
O ano de 2022 terminou com uma dívida de R$ 12.036.674,40 inscrita no Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) mantido pela Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC) em parceria com a Boa Vista. Em dezembro, 12.383 mogianos possuíam algum débito em aberto no comércio da cidade. O número, embora, seja 18% menor que o registrado em todo ano de 2021, quando alcançava R$ 14.687.350,29, é significativo e representa o processo de endividamento das famílias brasileiras.
Os dados do SCPC apontam que o volume de pessoas registradas na lista de inadimplência teve uma queda de 18% se comparado com 2021, quando o cadastro contava com 15.256 nomes. O mesmo percentual é observado no número de débitos cadastrados que saíram de 18.339 para 14.869 dívidas no ano passado. O montante é maior que o índice de inadimplentes, pois uma pessoas pode ter mais de uma dívida cadastrada.
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) mais recente, divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostra que, em novembro, 78,9% das famílias brasileiras possuíam alguma dívidas. O número é maior que os 75,6% apurados em novembro de 2021. Já o montante de famílias inadimplentes atingiu 30,3% no período, percentual acima dos 26,1% registrados no ano anterior. Deste total, 10,9% não teriam como saldar as dívidas.
Ainda segundo levantamento do SCPC, em dezembro, 290 novos nomes foram incluídos no cadastro, quantidade 22,87% menor que o mesmo período de 2021, quando 376 passaram a integrar a lista. Por outro lado, 240 mogianos saíram do serviço, número 9,43% menor que os 265 que deixaram o cadastro em 2021. A exclusão da lista do SCPC ocorre em duas situações: quando o pagamento do débito é efetuado ou após cinco anos da inclusão da dívida.
Alguns fatores podem ter contribuído para a queda da dívida no SCPC, incluindo o pagamento do décimo terceiro salário e as injeções de recursos promovidas no ano passado pelo Governo Federal, como o saque extraordinário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviços (FGTS). “A orientação é sempre buscar renegociar as dívidas, os credores têm interesse em receber e é possível combinar um parcelamento mais vantajoso, às vezes até com redução de multas e juros. Outra dica é rever os gastos e procurar cortar aquilo que não é necessário”, orientou o diretor do SCPC, Carlos Lapique.
Os telefones do SCPC para informações são o 4728-4308 e 4728-4309.