Foram encontrados também R$ 16 mil em cédulas de reais. Polícia realizou operação para investigar fraude no cartão de vacinação do ex-presidente.
A Polícia Federal apreendeu dinheiro vivo na casa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Cid foi preso nesta quarta-feira (3), na operação que apura suspeita de fraude na carteira de vacinação de Bolsonaro, da filha e de assessores.
Foram encontrados na casa de Cid notas de dólares no valor de US$ 35 mil e de reais no valor de R$ 16 mil.
O tenente-coronel é homem de confiança de Bolsonaro, inclusive para assuntos pessoais. Ele foi à PF dar depoimento no início da tarde desta quarta. A casa de Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão na operação desta quarta.
Cid também é investigado no caso das joias sauditas, pela participação na tentativa de reaver os itens, avaliados em R$ 16 milhões, que entraram ilegalmente no país com uma comitiva do Ministério de Minas e Energia do governo Bolsonaro.
Fraude no cartão de vacina
A PF um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.
A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes dentro do inquérito das “milícias digitais” que já tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).
A TV Globo apurou que a fraude nos cartões de vacinação do Bolsonaro e da filha de 12 anos aconteceu em 21 de dezembro passado, pouco antes de viajarem para os Estados Unidos (no penúltimo dia de mandato).
Bolsonaro diz que não tomou vacina. Segundo investigações, a inclusão no sistema dizendo que ele foi vacinado ocorreu para o ex-presidente poder entrar nos EUA.
Após ser lançado no ConecteSUS, é possível gerar um comprovante de imunização. Os dados foram retirados do sistema no dia 27 do mesmo mês.