Morreu na noite desta segunda-feira (8) a cantora, compositora e rainha do rock brasileiro Rita Lee, aos 75 anos, em São Paulo
A notícia foi confirmada, na manhã desta terça-feira (9), em publicação nas redes sociais oficiais da cantora e de seu marido, Roberto de Carvalho.
“Comunicamos o falecimento de Rita Lee, em sua residência, em São Paulo, capital, no fim da noite de ontem, cercada de todo o amor de sua família, como sempre desejou”, diz a nota.
A cantora já estava reclusa há alguns anos devido a um câncer no pulmão.
O velório acontecerá em cerimônia aberta ao público, no Planetário do Parque Ibirapuera, nesta quarta-feira (10), das 10h às 17h.
“De acordo com a vontade de Rita, seu corpo será cremado. A cerimônia será particular. Nesse momento de profunda tristeza, a família agradece o carinho e o amor de todos”, concluiu o comunicado.
Carreira
“Rita Lee foi uma cantora e compositora nascida em São Paulo e conhecida como a “rainha do rock brasileiro”. Defensora dos direitos das mulheres, ela foi uma das primeiras a tocar guitarra em um palco. Dona de cabelos lisos, com franja e pintados de vermelho, a artista participou do grupo Os Mutantes, nos anos 1960 e 1970, tornando-se famosa nacionalmente.”
Infância e juventude
Rita Lee Jones de Carvalho nasceu no dia 31 de dezembro de 1947, na cidade de São Paulo (SP). É a filha mais nova de Romilda Padula e Charles Fenley Jones, descendentes de italianos e norte-americanos respectivamente. A cantora tem duas irmãs: Mary e Virgínia. Ambas também contam com o sobrenome Lee, que, embora não seja oficialmente do seu pai, foi adotado por ele para homenagear um general.
Na sua infância e adolescência, a família da artista era de classe média. Ela morou no bairro paulistano Vila Mariana, onde ela afirmou já ter vivido grandes momentos. A artista estudou em um dos tradicionais colégios paulistas, o Liceu Pasteur. Rita Lee é poliglota e fala fluentemente idiomas como inglês, italiano, espanhol e francês.”
Destaque
Rita Lee destaca-se na música brasileira não somente por ser uma das maiores cantoras e compositoras, mas por também ter marcado presença ao ser uma das primeiras mulheres a tocar guitarra no palco. Suas irreverência, atitude e postura fizeram com que ela seja conhecida como a rainha do rock brasileiro.”
Rita Lee participou do grupo musical de rock psicodélico Os Mutantes entre os anos de 1966 e 1972. A banda iniciou suas atividades encaixando-se no movimento Tropicália, que tinha como líderes Caetano Veloso e Gilberto Gil.
Os Mutantes sofreram influência de grupos como The Beatles e do cantor e guitarrista Jimi Hendrix. Cantavam músicas em inglês, e, também, o grupo gostava de cantar em português e valorizar a cultura brasileira. Por isso, Os Mutantes são considerados uma banda pioneira no hibridismo musical. O grupo participou de vários programas de televisão nos anos 1960. Lançou o primeiro disco homônimo em 1968. Uma das principais músicas da banda chama-se Panis et Circenses.
Em 1970, Os Mutantes lançaram o disco A divina comédia ou Ando meio desligado, considerado definitivamente um álbum de rock progressivo. O último disco de Rita Lee no grupo foi o Mutantes e Seus Cometas no País dos Baurets, de 1972. Pesquisas apontam que Rita Lee, na verdade, foi convidada a sair da banda por causa de desentendimentos musicais. Conforme Arnaldo Baptista afirmou: “Mandei Rita embora d’Os Mutantes”.
Banda Tutti Frutti e carreira solo
Depois que saiu d’Os Mutantes, Rita Lee formou, em 1973, outra banda com amigos chamada Tutti Frutti. Nesse grupo, a artista cantava e tocava violão, piano, gaita e sintetizador. Foi na década de 1970 que Rita lançou diversos dos seus sucessos musicais, consolidando-se como a rainha do rock brasileiro.”
Fontes: G1, UOL e https://brasilescola.uol.com.br/biografia/rita-lee.htm