Matus Hyzny, editor executivo da ‘Palaeontologia Electronica’, afirmou ao g1 que a ‘revista apoia plenamente a ideia da repatriação dos fósseis brasileiros’.
O estudo científico sobre o fóssil Irritator challengeri, contrabandeado do Brasil na década de 1990, foi retirado do ar nesta quarta-feira (17).
“Em primeiro lugar, gostaríamos de deixar claro que nossa revista apoia plenamente a ideia da repatriação dos fósseis brasileiros”, afirmou Matus Hyzny.
De acordo com declarações feitas em seus perfis no Twitter, dois pesquisadores envolvidos no estudo (Serjoscha Evens e Olof Moleman) também apoiam a repatriação do fóssil.
No começo da semana, o chefe da pesquisa, o paleontólogo alemão Marco Schade, disse que, uma vez que Brasil e Alemanha são democracias constitucionais com conexões diplomáticas entre si, é preciso um contato entre os governos de ambos os países para avaliar a devolução do material.
“Propomos que as autoridades brasileiras responsáveis entrem em contato com as respectivas instituições na Alemanha para investigar e determinar o status legal do espécime SMNS 58022 e debater sobre uma possível repatriação”, afirmou Schade.
Além disso, Hyzny ressaltou que os autores do estudo estão em contato com Paul Stewens, paleontologista e advogado envolvido no caso do fóssil do Ubirajara jubatus, cujo contrabando veio à tona em 2020.
Stewens sugeriu por meio de suas redes sociais que seja lançada uma iniciativa de repatriação do caso e, caso isso ocorrer, a revista considera apoiar.
“Se tal iniciativa nascer, a Palaeontologia Electronica pensa em aderir. Por enquanto, o estudo sobre Irritator publicado em nossa revista foi retirado do ar e não está acessível no momento. Atualmente, estamos conversando com as partes envolvidas. Podemos fornecer mais informações assim que a situação for resolvida”, finalizou o diretor executivo.