A Defesa Civil de Itaquaquecetuba está acompanhando de perto os trabalhos de desassoreamento do lote 4 do Rio Tietê, trecho do afluente que corta a cidade. As ações de limpeza são realizadas pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) e tem por objetivo melhorar a fluidez da água e combater enchentes na região.Nesta terça-feira (5), as equipes usaram um barco para acessar áreas do rio e vistoriar os trabalhos. Este é o sexto monitoramento realizado pelo órgão em apenas dez dias. Além disso, os agentes da Secretaria de Segurança Urbana aproveitaram para vistoriar trechos que cortam os bairros Vila Japão, Vila Maria Augusta e Vila Sônia, assim como as margens da rodovia Almiro Dias e do Parque Ecológico.Segundo o coordenador da Defesa Civil, Anderson Marchiori, o monitoramento deve seguir pelos próximos meses. “Estamos empenhados em enfrentar um dos maiores desafios, que é a limpeza do Rio Tietê, agindo também no contingenciamento e monitoramento”, disse.A parceria com o DAEE foi firmada no início do ano passado e tem rendido, até o momento, resultados positivos para a cidade. De acordo com o prefeito Eduardo Boigues, os serviços são inéditos na cidade, o que reforça o empenho da atual gestão no combate às enchentes.“Historicamente, a cidade é prejudicada pelo assoreamento do rio e a importância desse trabalho pode ser medida nas ruas. Se compararmos com anos anteriores, hoje a água já não chega com a mesma intensidade que antes. Continuaremos trabalhando para que essa melhoria seja ainda mais impactante”, completou.EstudoUm estudo conduzido pela Defesa Civil da cidade apontou que um dos maiores causadores do represamento da água, além da sujeira, são as macrófitas aquáticas. Segundo o coordenador municipal, essas plantas acabam obstruindo o curso natural do rio, dificultando a passagem da água. A presença de construções irregulares nas margens também é um dos focos do monitoramento.“As construções irregulares e remoção das macrófitas também estão no radar da gestão. Com essas medidas, estamos confiantes de que o rio poderá recuperar sua capacidade de absorver a demanda de água”, finalizou Marchiori.