O Poder Judiciário condenou os ex-prefeitos de Poá, Marcos Borges e Gian Lopes, por improbidade administrativa. Em razão da condenação, Marcos Borges que foi prefeito entre 2014 e 2016 e Gian que comandou a prefeitura entre 2017 e 2020, receberão penas; a suspensão por três anos dos direitos políticos e multa civil, equivalente a 10 vezes a última remuneração recebida por cada réu, no cargo de prefeito de Poá. Por exemplo, se em dezembro do ano passado, Gian Lopes recebeu R$ 15 mil de pagamento a multa que terá de pagar será de R$ 150 mil. Marcos Borges e Gian Lopes poderão recorrer das condenções no Tribunal de Justiça, mas existe o risco de ambos estarem inelgíveis nas eleições de 2022.
Os dois ex-prefeitos foram condenados em razão da locação de imóvel localizado na na Vila Monteiro pelo valor mensal de R$ 4 mil durante trinta meses. Este imóvel seria usado com um centro de treinamento de tênis de mesa. Segundo as informações que constam no processo, o contrato de locação foi firmado com José El Ghossain e Claudia Martinez El Ghossain.
Ainda de acordo com dados do processo, locação ocorreu com dispensa de licitação, algo ilegal. Após o termino da gestão de Marcos Borges em 2016 , o ex-prefeito Gian Lopes prosseguiu na ilegalidade e renovou o contrato de locação, prorrogando o contrato por 12 meses, pelo valor de R$ 53.865,12.
Segundo o Ministério Público, houve um nítido favorecimentos aos réus, uma vez que o irmão de um dos beneficiários, Elias El Ghossain, tinha influência na gestão de Marcos Borges e foi secretário de Obras Públicas, Planejamento, Orçamento, Gestão e Habitação no começo da gestão de Gian Lopes que se manifestou por meio de nota. Marcos Borges poderá falar nas próximas horas.
Ex-prefeito diz por meio de nota que é inocente
“Boa tarde, meus amigos. Hoje li algumas postagens sobre um processo que eu respondo na justiça por improbidade administrativa. Isso por conta da locação realizada de maneira irregular, sem licitação, pela Prefeitura para disponibilização de aulas de tênis de mesa. Mais uma vez explico que esse processo de contratação não foi realizado na minha gestão e sim no ano de 2016, na do ex-prefeito Marcos Borges. Quando eu assumi a Prefeitura de Poá, no ano de 2017, esse contrato já estava em vigor. Ficamos mais um ano com o contrato e quando orientado pelo Ministério Público sobre irregularidades, cancelei o mesmo imediatamente. Da sentença proferida na data de hoje, cabe recurso, que farei em todas as instâncias necessárias.”