Em audiência pública realizada na manhã de segunda-feira, 30, a Câmara Municipal de Mogi das Cruzes recebeu audiência de prestação de contas da Secretaria Municipal de Saúde, referente ao 2° quadrimestre de 2024. Os trabalhos legislativos foram conduzidos pela presidente da Comissão de Saúde, Zoonoses e Bem-estar Animal, Malu Fernandes (PL). Os dados foram apresentados pelo chefe da pasta, William Harada, e pela secretária-adjunta de Saúde, Rosângela da Cunha, a doutora Nenê.
Além deles, o evento contou com a participação do presidente do Legislativo, Francimário Vieira (PL), o Farofa, e com o provedor da Santa Casa de Mogi das Cruzes, José Carlos Petreca.
No período, foram empenhados R$ 475.547.338,59 (quando há compromisso de atendimento com recurso financeiro reservado), R$ 347.428.816,59 liquidados (produto ou serviço recebido e que já pode ser encaminhado ao pagamento) e pagos R$ 315.705.847,74. Os valores abrangem serviços de atenção primária, assistência hospitalar e ambulatorial, suporte profilático e terapêutico, vigilância sanitária e vigilância epidemiológica.
Especialidades médicas
A equipe foi questionada sobre a falta de médicos especialistas como coloproctologistas, ortopedistas de quadril, reumatologistas e oftalmologistas.“Colocamos um reumato no Unica de Jundiapeba. A Santa Casa faz cirurgias de cataratas, mas algo de retina ou córnea, mandamos para São Paulo”, disse doutora Nenê.
Santa Casa
Harada e doutora Nenê esclareceram sobre a possibilidade de atendimento ginecológico na Santa Casa de Mogi das Cruzes fora da obstetrícia. “O contrato que temos no Pronto-Socorro é de obstetrícia, e não de ginecologia. Porém, nada impede que a Santa Casa atenda uma emergência. Depois, essas pacientes são encaminhadas à Secretaria Municipal de Saúde, para consultas ambulatoriais. Quando necessárias, as cirurgias são feitas no Hospital Municipal de Braz Cubas”, explicou Nenê.
Dengue
Os gestores de Saúde também responderam sobre o uso da drones no combate à dengue e sobre a possibilidade de ampliação da faixa etária autorizada a receber a vacina contra a enfermidade pelo SUS. Segundo os dirigentes da pasta municipal, o Ministério da Saúde ainda não se pronunciou sobre a extensão do imunizante de dengue para públicos fora do nicho de 10 a 14 anos.
O time da Saúde foi questionado ainda sobre as estratégias de prevenção da dengue na Cidade. “Em pleno inverno, estávamos com propaganda de combate à dengue na televisão. Estamos preparados para falar da doença o ano todo”, disse Nenê.
Já o secretário Harada comentou sobre a possibilidade de contratar drones para pulverizar larvicidas e monitorar os possíveis focos de Aedes aegypti em território mogiano. “Nós testamos gratuitamente [no primeiro semestre de 2024], já que era de interesse de algumas empresas demonstrar a eficiência. Não assinamos nenhum contrato. Isso porque essa tecnologia tem efeito de médio e longo prazos, com resultados mais preventivos do que corretivos. Temos interesse em contratar esses drones, mas precisamos ter cuidado ao investir nesse tipo de inovação, que não tem um preço barato, já que poucas fornecedoras dispõem desses equipamentos”.
Cirurgias no Hospital Municipal de Braz Cubas
A vereadora Malu reclamou de demora para realização de procedimentos cirúrgicos. “Tenho recebido muitas reclamações sobre a demora para as cirurgias. Como estão essas filas hoje?”. Harada respondeu que a Secretaria Municipal aguarda o planejamento do governo estadual para redefinir quais tipos de operações e atendimentos serão realizados no Hospital Municipal de Braz Cubas.
“O Governo do Estado está estudando a regionalização dos serviços de saúde. Neste momento, não podemos dar passos maiores do que as nossas pernas. Precisamos aguardar o que o governo do estado vai propor para as regiões. Não adianta fazer o que queremos no Hospital Municipal. Estamos aguardando a decisão estadual”.