A cidade de São Paulo fez o maior, mais democrático e seguro Carnaval do Brasil. Esse é o resultado da pesquisa do Instituto Datafolha, que aponta aprovação de 99% dos foliões. Por essas razões, 16,5 milhões de pessoas aderiram à maior festa gratuita realizada no País e tomaram as ruas da cidade entre os dias 22 e 23 de fevereiro e 1º, 2, 3, 4, 8 e 9 de março. Os dados foram divulgados à imprensa pelo prefeito Ricardo Nunes e toda a equipe de secretários envolvida na megaoperação do maior e melhor Carnaval do Brasil nesta segunda-feira (10).
De acordo com a pesquisa, o público quer mais: o Carnaval de São Paulo teve nota 9,3 para intenção de voltar no próximo ano e nota 9 para recomendação a amigos e familiares. “Estamos muito felizes com esse reconhecimento de um instituto de pesquisa bem-conceituado que nos traz esse resultado super importante. Esse resultado deve-se à muita dedicação, esforço, trabalho e todo o empenho da Prefeitura”, afirmou o prefeito Ricardo Nunes, ressaltando o trabalho integrado de todo o secretariado. “Foi a união de muita gente para que pudéssemos ter esse marco importante, trazendo para a cidade muita geração de emprego e renda, muitos turistas, uma movimentação econômica recorde.”
A pesquisa foi realizada entre os dias 28 de fevereiro e 4 de março de 2025, com 2.217 pessoas, e apontou que para 97% dos entrevistados pelo Datafolha, o Carnaval é importante para a geração de renda e emprego na cidade e mais de 78% dos entrevistados afirmaram que a organização do Carnaval de Rua melhorou em 2025: um aumento de 10,7% em relação a 2024. Outro destaque da festa foi a variedade de blocos, que recebeu nota 9, assim como diversidade musical. Outras notas foram 8,8 pela localização e 8,4 organização dos blocos.
Atraídos por essa variedade dos blocos, diversidade musical, segurança e toda a estrutura que a cidade oferece, os turistas também preferem São Paulo: de acordo com uma pesquisa da SPTuris, o total de turistas no Carnaval de Rua 2025 aumentou 73,7% em relação a 2024.
A Prefeitura também apresentou números das secretarias que participaram da megaestrutura montada pela Prefeitura. Segundo a SPTuris, o impacto econômico nos oito dias de festa foi de R$ 3,4 bilhões, com a geração de 50 mil empregos diretos e indiretos. A gente está falando de mais motoristas de aplicativo e taxistas tendo corridas, da rede hoteleira lotada, gerando mais emprego também; dos ambulantes e de tudo o que foi impactado diretamente”, ressaltou Gustavo Pires.
“Tivemos 16,5 milhões de pessoas nas ruas ao longo do pré-carnaval, carnaval e pós-carnaval na cidade. Isso é um recorde que consolida São Paulo como o maior carnaval do Brasil. Isso mostra o tamanho da cidade de São Paulo. Tem tudo a ver com a sua vocação”, revelou o diretor-presidente da SPTuris.
“Isso só foi possível por conta de uma equipe que fez a organização do Carnaval e as parcerias. O patrocinador, a AMBEV, a polícia militar, a polícia civil, a UESP, a Liga, a Sabesp, foi um trabalho conjunto que permitiu que a gente pudesse dar as melhores condições possíveis para as pessoas irem às ruas”, disse o secretário municipal de Governo, Edson Aparecido.
Distribuição de água
A distribuição de água foi um ponto alto no carnaval deste ano, com um total de 1,8 milhão de copos fornecidos gratuitamente. “Em nenhum momento dos trajetos tivemos falta de água. Lidamos com o calor extremo e a distribuição de água foi extremamente efetiva, seja pelos caminhões pipa e caminhões da Sabesp, responsáveis por refrescar o público”, destacou Gustavo Pires.
Saúde
Nos oito dias do Carnaval de São Paulo, apenas 2% dos 4.015 atendimentos realizados nos 20 postos médicos estrategicamente distribuídos pela Prefeitura ao longo dos megablocos precisaram de remoção para alguma unidade de saúde. O secretário municipal de Saúde, Luiz Carlos Zamarco, destacou que ter resolvido 98% dos casos dentro desses postos médicos ajuda a prestar um atendimento com mais agilidade e evita a sobrecarga do sistema de saúde comum. “Fizemos somente 83 transferências para dentro dos nossos serviços, de casos que são um pouco mais complexos e que não conseguiram ser resolvidos nos postos de atendimento”, disse.
Ele ainda destacou a importância do trabalho desenvolvido pelos 400 bombeiros colocados a cada 100 metros nos blocos, “olhando a população se divertindo para ver se alguém passava mal e principalmente as pessoas que estivessem sozinhas, desamparadas, para que ele pudesse socorrer e levar até um posto médico ou até uma ambulância que tivesse mais próxima para oferecer o atendimento”.
Segurança
Outro ponto de destaque na megaestrutura montada pela Prefeitura foi o empenho de 5.350 agentes da GCM, 470 viaturas, além de 140 motos. O uso da tecnologia também foi importante, com a estreia das câmeras do Smart Sampa e do cão-robô. Além disso, o Governo do Estado reforçou o efetivo com 7.300 policiais militares por dia. Para 64% dos foliões, a sensação de segurança melhorou em relação aos carnavais anteriores e 91% são favoráveis ao uso do Smart Sampa no Carnaval.
“Todos os indicativos de segurança são positivos. A participação da Polícia Militar e da Polícia Civil foi fundamental. Ontem (9), o Comandante Geral da PM estava comigo no Ibirapuera, então eu quero primeiramente agradecer todo esse apoio, essa confiança e a bonita operação da Polícia Militar somada a toda nossa operação”, disse o secretário municipal de Segurança Urbana, Orlando Morando.
Nos oito dias de festa, foram presos 14 foragidos após alertas das câmeras inteligentes; 2 pessoas encontradas após reconhecimento facial; e feitas 24 prisões em flagrante.
Limpeza
Nos oito dias de carnaval foram recolhidas 645 mil toneladas de lixo, 140 mil toneladas foram encaminhadas para reciclagem, 16,3 toneladas de material reciclado recolhidas no
convênio com a Associação Nacional dos Catadores, com 380 desses trabalhadores beneficiados. O tempo médio para liberação das vias por onde passaram os megablocos foi de 40 minutos.
“Em uma experiência específica no Ibirapuera, foram recolhidas 16 toneladas e existia um posto de troca no próprio local do Carnaval. Então, ali mesmo o catador poderia na hora trocar o alumínio e o plástico por dinheiro. Em média, eles conseguiam tirar R$ 350 por dia, fazendo um incremento na sua renda. A gente viu depoimentos pessoalmente, uma senhora falando: ‘Esse aqui é o meu gás, esse aqui é uma renda com a qual eu vou comprar alguma coisa para o meu filho’. Então, dando realmente a possibilidade para pessoas que precisam, efetivamente, terem uma renda extra”, destacou o secretário municipal das Subprefeituras, Fabricio Cobra.
Sambódromo:
- Mais de 223 mil pessoas compareceram ao Sambódromo do Anhembi em 5 dias de desfile.
- 138 oficinas culturais gratuitas e mais de 70 atrações gratuitas foram oferecidas em mais de 30 equipamentos culturais municipais.
- 50 mil pessoas assistiram aos desfiles da União das Escolas de Samba Paulistanas (UESP).
Acessibilidade e inclusão:
- 500 mil acessos às traduções de sambas-enredos para Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).
- 240 pessoas com deficiência foram levadas pela Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência para assistir aos desfiles das Escolas de Samba.
- 2 mil pessoas com deficiência participaram da abertura do Carnaval Inclusivo.
Transporte e mobilidade:
- 147 km de vias foram destinadas aos percursos dos blocos de Carnaval.
- 1.300 agentes de trânsito da CET trabalharam durante o Carnaval.
- 360 viaturas da CET estiveram em operação.
- 52,7 mil acessos ao site da SPTrans para informações sobre desvios de linhas e pontos de ônibus.
- 841 funcionários da SPTrans e empresas trabalharam durante o evento.
- 35 milhões de passageiros foram transportados nos ônibus municipais nos três finais de semana.
- 8,9 milhões de passageiros foram atendidos pelo Domingão Tarifa Zero.
- 55,47 mil passageiros foram atendidos por linhas especiais ao Sambódromo.
- 16,1 mil táxis atenderam ao Sambódromo.
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