Na manhã desta terça-feira, 27, a Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara de Mogi das Cruzes, que investiga possíveis irregularidades nos serviços de limpeza do município, fez vistorias em alguns pontos da cidade e constatou que existem locais onde a coleta de lixo não acontece de forma regular. A CEI do Lixo – como é popularmente conhecida – é presidida pelo vereador Iduigues Martins (PT) e tem como membros a vereadora Inês Paz (PSOL) e o vereador Marcelo Brás (REP).
O primeiro ponto visitado pelos vereadores foi a Avenida Japão, na altura do Conjunto Santo Ângelo. No local, os parlamentares observaram alguns pontos com acúmulo de lixo e entulhos. Alguns moradores da região afirmaram que não existe coleta regular no bairro, o que causa mal estar e problemas na qualidade de vida dos munícipes. No mesmo bairro, a Comissão também visitou um Ecoponto que está fechado para reforma há alguns meses. O local ainda não possui energia elétrica e o galpão está com estrutura visivelmente comprometida. A comitiva da CEI seguiu para a Vila São Francisco, na Rua Antônio Culin, onde encontrou uma grande pilha de lixo a céu aberto. Os moradores do local informaram que o Caminhão da coleta não passa com frequência e quando passa não leva todo o lixo.
Problemas com a reciclagem
Por fim, os vereadores visitaram a Cooperativa ReciBras, onde foram recebidos pelo tesoureiro, José Niudo, e pelo presidente José Reinaldo. De acordo com as informações passadas pela direção, a Cooperativa recebe diariamente uma média de oito caminhões de lixo da Peralta Ambiental, empresa responsável pela coleta de lixo da cidade. O presidente da Cooperativa explicou que a maioria dos caminhões recebidos vêm com o lixo compactado, dificultando a triagem para reciclagem dos materiais. Isso eleva o volume do lixo que não pode ser reciclado e consequentemente enviado ao aterro sanitário em Jambeiro. “Nesta vistoria, nós constatamos todas as denúncias que recebemos na CEI, vimos, por amostragem, que existem pontos de lixo acumulado na cidade, além da reciclagem com perda de material que vem e volta, fazendo o município gastar duas vezes”, ressaltou Iduigues Martins, presidente da CEI.
Os membros da Comissão voltarão a se reunir, na Câmara Municipal de Mogi das Cruzes, para discutir quais serão os próximos passos da CEI. Por seu lado, as empresas que ganham milhões para fazer a coleta de lixo em Mogi precisam se explicar para a CEI, para a prefeitura (que faz os pagamentos) e também para a população.