Home Cidades Consumidores e comerciantes do Alto Tietê estão de olho na queda do preço do carro popular

Consumidores e comerciantes do Alto Tietê estão de olho na queda do preço do carro popular

por Redação Gazeta Popular
Programa do governo federal que promete desconto de R$ 2 mil a R$ 8 mil em carros e veículos comerciais leve começa nesta quarta-feira.

Quem pensa em trocar de carro já está de olho no programa do governo federal que começa a valer nesta quarta-feira (7), e promete baratear o preço dos veículos. Montadoras já começaram a anunciar pacotes de incentivo para compra de carro zero.

Os descontos de automóveis e veículos comerciais leves podem variar de R$ 2 mil a R$ 8 mil. Já os veículos como caminhões e ônibus vão depender do tipo de carga e da quantidade de pessoas transportadas.

Mauro Trovalli é assistente técnico e está animado com a possibilidade de trocar de carro. O dele é de 2012 e ele depende do veiculo para trabalhar. “Planos existem, concretizar é que um pouquinho mais complicado. A gente corre atrás se for vantajoso. Precisamos né? Para mim carro não é luxo é ferramenta de trabalho. Se eu conseguir pegar um carrinho melhor que me dê menos despesa ótimo.”

A determinação do governo que isenta impostos federais como IPI, PIS e Confins foi publicada no fim de maio. O objetivo é que os carros populares voltem a custar menos de R$ 60 mil.

Nas concessionárias as perspectivas são animadoras. Em uma loja no bairro Mogi Moderno, em Mogi das Cruzes, são vendidos aproximadamente 60 veículos novos e seminovos por mês. “Com certeza vai aumentar bastante e a gente está com muita expectativa, consequentemente o seminovo também vai ter um aumento muito grande nas vendas porque automaticamente o zero baixando o seminovo não tem como manter o mesmo preço. Creio eu que em uns 20% nós temos que aumentar para esse segundo semestre”, explica o gerente da loja Lucas Leme.

 

De onde virá o dinheiro para a medida?

Para conseguir o dinheiro para sustentar o programa, o governo vai antecipar a retomada da cobrança de impostos sobre o óleo diesel, como o Pis e a Cofins. Isso só estava previsto para janeiro de 2024. Mas agora será feito em duas etapas: a primeira já em setembro deste ano, e a segunda, em janeiro do ano que vem.

A medida – a reoneração do diesel – deve gerar R$ 2 bilhões em arrecadação até o ano que vem, mais do que o R$ 1,5 bilhão necessários para custear a queda do preço dos carros populares, caminhões e ônibus. O restante será usado no orçamento de 2024.

Reflexo na Economia

O economista da FGV, Alberto Ajzental, avalia que o programa é de curto prazo e não deve garantir uma melhora duradoura na economia. “A gente está falando de um bem durável e um bem durável tem uma característica no tempo que você pode tanto antecipar a compra como você pode postergar a compra. Aqui tem o que a gente chama de canibalismo intertemporal. Quando o governo começou a falar que derreteria as alíquotas as pessoas pararam de comprar para ver o que viria. Imagina esse benefício vai durar três ou quatro meses quem tinha que comprar vai comprar, quem compraria um pouco mais na frente eventualmente vai adiantar. Então vai ajudar as vendas nesses meses. Quando voltar, acabar esses benefícios e os preços voltarem ao original você vai sentir um vale de venda, elas vão retroagir. O pós benefício não vai ser tão bom.”

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