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Dia do beijo: entenda quais são os riscos de contaminação pela saliva

por Redação Gazeta Popular

A Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas Regional de Mogi das Cruzes (APCD RMC) alerta que diversas doenças graves podem ser transmitidas pelos beijos

Nesta quinta-feira, dia 13 de abril, comemora-se o Dia do Beijo. Essa simples demonstração de afeto pode ser fonte de transmissão de vírus, bactérias e fungos. Os micro-organismos povoam a cavidade bucal e podem provocar as mais diversas doenças, que vão desde simples resfriados até patologias mais graves. A Associação Paulista dos Cirurgiões-Dentistas Regional Mogi das Cruzes (APCD-RMC) alerta que há medidas importantes a serem tomadas para prevenção das contaminações.

“Apesar de ser uma manifestação de carinho muito comum entre todos nós, um simples beijo pode ser responsável por patologias graves. Isso significa que precisamos evitar completamente o beijo? Não! Mas conscientização é muito importante. As pessoas devem estar cientes dos riscos para poderem tomar as devidas medidas de prevenção sempre que possível”, destaca o cirurgião-dentista Alexandre Balbi Rodrigues, 1º vice-presidente da APCD Regional Mogi das Cruzes.

Entre as principais doenças transmitidas pela saliva está a mononucleose, causada pelo vírus Epstein-Barr, que é popularmente conhecida como “doença do beijo”. Essa patologia pode provocar diversos sintomas que vão desde dor de garganta e febre até inchaço no fígado, baço e gânglios. Os vírus causadores da herpes também podem ser transmitidos pelo beijo e provocam lesões nos lábios e no interior da boca.

Algumas doenças consideradas sexualmente transmissíveis podem ser contraídas por meio do beijo. Esse é o caso do HPV, que pode inclusive evoluir para o câncer na região da garganta, e da sífilis que pode provocar lesões graves na boca. A candidíase, infecção provocada por fungo, também está entre as doenças que podem ser transmitidas pela saliva.

Os vírus respiratórios também podem ser transmitidos via contato oral, incluindo o H1N1 e o SARS-CoV-2 causador da Covid-19. “A pandemia do coronavírus nos deixou um legado que é a conscientização. As pessoas aprenderam que devem lavar as mãos, usar álcool em gel e evitar contato físico, o que inclui apertos de mãos, abraços e beijos”, destaca o cirurgião-dentista.

Além disso, as cáries são formadas pela ação de bactérias que podem acabar sendo transmitidas pelo beijo. Da mesma forma, secreções provocadas por pontos de infecção nos dentes ou nas gengivas podem ser transportadas pela saliva e significar riscos para a saúde.

Prevenção

Para prevenção das contaminações, a população deve tomar alguns cuidados. Pacientes que apresentarem sintomas gripais ou de quaisquer outras doenças transmitidas por vírus, bactérias ou fungos não devem beijar seus parceiros, familiares e amigos.

Além disso, não é aconselhável que pessoas solteiras tenham múltiplos parceiros. “As relações sexuais podem ser protegidas por preservativos. Mas não há prevenção para o beijo. Nesse caso, a melhor defesa é a informação. Pessoas bem informadas podem tomar as melhores decisões para proteção da própria saúde”, pontua Alexandre Balbi.

Cuidados semelhantes também devem ser tomados com os beijos no rosto. “As contaminações podem ocorrer por partículas mínimas de saliva. Dessa forma, o beijo no rosto também deve ser evitado sempre que possível, especialmente em bebês, crianças, idosos e pessoas imonudeprimidas”, esclarece o cirurgião dentista.

Balbi alerta ainda que para manter uma boa saúde bucal, o indicado é que as pessoas mantenham as visitas periódicas aos consultórios odontológicos. “Ao menor sinal de alterações na cavidade bucal, o paciente deve procurar por atendimento. As consultas regulares são muito importantes porque o cirurgião-dentista é o profissional indicado para identificar lesões e sintomas de possíveis doenças e fazer os encaminhamentos adequados do paciente ao tratamento”, conclui.

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