Home Cidades Mogi reduz índice de infestação do Aedes aegypti, mas números ainda são alarmantes

Mogi reduz índice de infestação do Aedes aegypti, mas números ainda são alarmantes

por Texto Divulgação

Os percentuais de infestação do mosquito Aedes Aegypt – transmissor da dengue, caíram quase 60% em Mogi das Cruzes, mas ainda estão acima dos níveis de segurança. Os números constam na Avaliação de Densidade Larvária (ADL) realizada pela Secretaria Municipal de Saúde.

De acordo com o relatório, o Índice de Breteau (IB) baixou de 8,23 em janeiro de 2024 para 4,89 no mesmo período deste ano – a ferramenta indica a quantidade de larvas do Aedes Aegypt nos imóveis e é determinante na condução das ações de combate ao mosquito. O Ministério da Saúde considera que índices iguais ou inferiores a 1,0 são ideais. Já índices entre 1 e 4 são considerados de alerta, e acima de 4 são considerados de risco de surto, situação ainda enfrentada em Mogi das Cruzes. “Apesar da redução considerável do índice, ainda estamos acima dos números recomendados pelo Ministério da Saúde. Os cuidados precisam ser redobrados”, explica a secretária municipal de Saúde, Rebeca Barufi.

Durante todo o mês de janeiro, foram visitados 4.870 imóveis, dos quais 3.773 foram efetivamente vistoriados. De acordo com o relatório, a região que compreende o Distrito de Braz Cubas, incluindo bairros como Vila Jundiaí, Vila Nova Cintra, Jardim Universo, Vila Brasileira, Oropó, Vila Municipal e adjacências, apresentou maior vulnerabilidade para infestação do Aedes Aegypti – o Índice Breteau chegou a 6,58 nesta região. Na sequência, com índice de 5,77, está a área que compreende os bairros da Vila Lavínia, Vila Cléo, Jardim Santista, Alto Ipiranga, Chácara Jafet, Parque Santana, Mogi Moderno e Vila da Prata.

O estudo apontou ainda o aumento significativo da quantidade de larvas do mosquito em recipientes recicláveis/reaproveitáveis (a exemplo de garrafas pet e plásticos) e em materiais inservíveis (lixo). Da mesma forma, a quantidade de criadouros dentro de imóveis residenciais aumentou. “Isso coloca o município em alto risco para um novo surto epidêmico de grandes proporções e reforça a necessidade do descarte correto de materiais e resíduos sólidos, hoje armazenados de forma inadequada”, explica o diretor de Vigilância em Saúde, Jefferson Renan de Araújo Leite.

A Secretaria Municipal de Saúde reforçou a visita dos agentes de controle de vetores às regiões com maior vulnerabilidade, incluindo ações de bloqueio de larvas e mosquitos e orientação sobre os cuidados no combate ao mosquito da dengue. No entanto, a colaboração dos munícipes é fundamental para o sucesso da ação. “Estamos cuidando dos espaços públicos, orientando a população e pedindo a colaboração de todos. Cerca de 75% dos casos são diagnosticados dentro dos próprios quintais”, reforça a secretária de Saúde. Para o próximo dia 19, o município prepara um Mutirão de Combate à Dengue.

SAIBA MAIS 
A Avaliação de Densidade Larvária é uma amostragem que aponta quais regiões do município apresentam maior infestação de larvas do mosquito, possibilitando a definição de estratégias de combate em locais específicos e de maior necessidade. O levantamento é feito duas vezes por ano, sempre nos meses de janeiro e julho, para o planejamento e análise das ações.
Durante a ADL, são coletadas amostras em imóveis escolhidos aleatoriamente em todas as regiões da cidade e os resultados obtidos geram o Índice Breteau, um valor numérico que define a quantidade de insetos em fase de desenvolvimento encontrados nos locais vistoriados e que permite saber em quais regiões da cidade possui maior risco de transmissão de doenças. O índice de tranquilidade é 1,0 ou menos (significa que para cada 100 imóveis visitados somente um apresenta larvas do mosquito). Acima desse nível há risco de doenças.

Em casa e nos ambientes de trabalho, a população não pode descuidar e precisa manter alguns cuidados:
* Caixas d’água vedadas
* Calhas totalmente limpas e niveladas
* Galões, tonéis, poços e tambores bem vedados
* Pneus sem água e em lugares cobertos
* Garrafas vazias e baldes com a boca para baixo
* Ralos limpos e com tela
* Bandejas de ar-condicionado limpas e sem água
* Bandejas de geladeira sem água
* Pratos de vaso de planta com areia até a borda
* Bromélia e outras plantas sem acúmulo de água
* Manter fechados os vasos sanitários sem uso
* Lonas de cobertura devem estar esticadas para não formar poças
* Piscinas e fontes sempre tratadas
* Descarte de materiais e objetos sem uso
* Atenção e cuidado redobrado nos canteiros de obras

 

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