Um reservatório deve ser construído na Praça Francisca de Campos Mello Freire, mais conhecida como Praça dos Enfartados, e outro na Praça Doutor Álvaro de Campos Carneiro.
Mais dois piscinões devem ser construídos em Mogi das Cruzes . Pelo menos esse é o projeto da Prefeitura que prevê os reservatórios nas praças Francisca de Campos Mello Freire, mais conhecida como Praça dos Enfartados, e outro na Praça Doutor Álvaro de Campos Carneiro, ambas na Vila Oliveira. Atualmente, a cidade conta com um piscinão no Parque Santana.
Os novos piscinões integram um pacote de intervenções previstas na bacia do córrego Lava-Pés com o objetivo de atenuar os problemas de enchentes e alagamentos na região da bacia. O projeto básico prevê que os reservatórios serão subterrâneos.
De acordo com a Prefeitura, o projeto está na fase de licenciamento junto aos órgãos competentes para aprovação, como por exemplo do Comitê de Bacias Hidrográficas e do Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee), até mesmo para o apontamento de alguma outra intervenção que se faça necessária.
Depois desta etapa, a próxima fase é a de contratação de projeto executivo para, posteriormente, seguir para a licitação e contratação da obra.
A Prefeitura detalha que, de acordo com o projeto, o reservatório da Praça Doutor Álvaro de Campos Carneiro terá capacidade de absorção de 22.451.00 metros cúbicos e o da Praça dos Enfartados de 40.532.00 metros cúbicos. A estimativa da Prefeitura é que o custo de cada piscinão seja de aproximadamente R$ 78 milhões. Outros R$ 9,5 milhões serão destinados para redes de microdrenagem.
O projeto básico prevê que os reservatórios serão subterrâneos e que depois da conclusão dos piscinões, o pavimento afetado das praças será reconstruído.
“A Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana informa que os projetos básicos destes piscinões são estudos preliminares e ainda podem sofrer alterações conforme os apontamentos dos órgãos de aprovação e licenciamento, como o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) ou o Comitê de Bacias Hidrográficas. Somente depois desta fase é que o projeto executivo (final) poderá ser elaborado. Assim, a pasta avalia que, tecnicamente, ainda é prematuro divulgar os desenhos básicos.
É muito importante destacar que neste momento a Secretaria está focada em outros projetos prioritários para minimizar os impactos de alagamentos na cidade, como a desobstrução de galerias de águas pluviais e bueiros em toda a cidade, a implantação de novas redes de drenagem no Jardim Camila (obra em execução no momento), assim como a licitação para o desassoreamento do trecho do Rio Jundiaí na região do Oropó – uma ação em conjunto com o DAEE, responsável pela gestão do rio.”
Bacia do Lavapés
Os reservatórios integram um pacote de intervenções previstas na bacia de contribuição do Córrego Lava-Pés. O objetivo, segundo a Prefeitura, é atenuar os problemas de enchentes e alagamentos na região composta por esta bacia.
O Córrego Lava-Pés tem extensão de 4,2 km, começando na Rua Desembargador Francisco Ferreira, na Vila União, e passando pela Vila Oliveira, Socorro, Parque Monte Líbano, Mogilar e Nova Mogilar, desaguando na margem esquerda do Rio Tietê.
Depois de uma avaliação técnica, a Prefeitura informou que constatou que a canalização existente hoje é insuficiente, assim como não há microdrenagem na bacia do córrego Lava-Pés. “Desta forma, o impacto positivo das obras será sentido em pontos de inundação nas ruas professor José Luciano Nava Namorado, Moacyr Andreucci, nas próprias praças Doutor Álvaro de Campos Carneiro e Francisca de Campos Melo Freire, na Rua Professor Álvaro Pavan, assim como em um trecho da Avenida Narciso Yague Guimarães, próximo à Rua Roberto Andrade Balhester.”
A Prefeitura destaca que esse projeto integra outras ações que são realizadas na cidade para prevenção de enchentes durante todo o ano.
Uma delas é a solicitação ao Governo do Estado para o desassoreamento do Rio Jundiaí no trecho que passa pelos bairros da região oeste da cidade.
De acordo com a Prefeitura, os recursos estão garantidos e a previsão é que os serviços sejam iniciados ainda neste primeiro semestre. “Importante lembrar que a responsabilidade da manutenção dos rios é estadual, por meio do DAEE, mas a Prefeitura vem em tratativas com o Governo do Estado para que o desassoreamento seja realizado não só no Jundiaí, como no Rio Tietê também.”
Outro trabalho feito no combate as enchentes no município é a limpeza de córregos. A Prefeitura aponta que mais de 22 mil m² de roçada em margens dos córregos já foram feitas e foram retiradas de valetas e córregos 24 toneladas de lixo e material proveniente de descarte irregular somente no começo do ano.
Piscinão Parque Santana
Em outubro vai completar 20 anos que Mogi das Cruzes ganhou seu primeiro piscinão. O reservatório fica no Parque Santana e tem capacidade para reter 90 milhões de litros de água.
O piscinão fica na Rua Francisco Affonso de Melo, altura do 630. Segundo a Prefeitura, a estrutura é um importante regulador no volume de água de chuva que chega à região central da cidade. A inauguração foi em 18 de outubro de 2003.
“O reservatório também funciona no controle de transbordamentos do Rio Tietê, em especial na época de chuvas fortes, uma vez que ele regula a quantidade de água que cai no Ribeirão Ipiranga, um dos principais afluentes do Tietê.”