A Prefeitura de Suzano, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, está disponibilizando um método contraceptivo inédito e gratuito às mulheres suzanenses. O novo procedimento é efetuado com aplicação de hormônios de forma subdérmica que inibem a gravidez por um longo período. A novidade, dirigida pelos profissionais do grupo condutor da Rede Cegonha, visa a redução dos índices de gestações indesejadas a partir da adolescência, além da diminuição da mortalidade materna e infantil.
O método consiste na aplicação de um bastão sob a pele contendo o hormônio etonogestrel, que inibe o processo de ovulação, impedindo assim a possibilidade de gravidez. Inserido de preferência no antebraço, o objeto tem o tamanho aproximado de um palito de fósforo, sendo imperceptível à vista e com uma validade que pode durar anos.
Os procedimentos serão feitos conforme critérios e protocolos estabelecidos pelo grupo condutor da Rede Cegonha nas unidades municipais de saúde. Mediante avaliações ginecológicas, a mulher pode ser indicada a uma unidade de referência, onde poderá fazer o processo para aplicação do bastão contraceptivo, sendo sempre acompanhada pelos médicos, garantindo um processo humanizado e indolor. Os profissionais responsáveis pelas aplicações já estão capacitados para atuar e orientar o público feminino.
A diretora de Atenção Básica à Saúde, Flávia Verdugo, explicou que este método contraceptivo é um dos mais assertivos na atualidade. “A taxa de gravidezes registrada após a aplicação deste implante hormonal é inferior a 1%, portanto, é extremamente confiável. Ressaltamos que para disponibilizar o método, é importante que saibamos das condições das mulheres, visto que, por exemplo, a mera possibilidade de uma gestação estar em curso já é suficiente para vetar a inserção do hormônio”, pontuou.
O secretário municipal de Saúde, Pedro Ishi, ressaltou que a medida atende as necessidades de planejamento familiar e das mulheres que mais precisam desse controle. “Sendo adequadamente encaminhadas pelo Grupo Condutor da Rede Cegonha, mulheres em situação de vulnerabilidade clínica e social, mulheres que vivem com HIV e adolescentes de 14 a 17 anos que fazem parte do grupo específico e que terão a possibilidade de ter acesso a esse método que trará a redução da mortalidade e o incentivo ao planejamento familiar na cidade”, comentou.