O Hospital e Maternidade de Suzano iniciou na última segunda-feira (19) a implantação de um novo modelo de atendimento voltado a pacientes com sintomas leves: o Fast Track, ou via rápida. O sistema foi desenvolvido com foco na agilidade, na humanização e na otimização do pronto-socorro, permitindo que usuários com quadros de menor complexidade sejam atendidos com mais rapidez e encaminhados para alta em até duas horas.
A proposta, implementada pelo Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), responsável pela gestão da unidade, segue o Protocolo de Manchester, reconhecido nacional e internacionalmente como referência em triagem de risco. Por meio dele, pacientes com classificação azul ou verde – indicativos de menor urgência – são direcionados a um fluxo diferenciado, que evita sobrecarga no atendimento emergencial.
O novo modelo é destinado a pessoas entre 18 e 59 anos, com sinais vitais estáveis. Casos como dor de garganta sem febre, dores leves no corpo, infecção urinária simples, diarreia leve, conjuntivite e cefaleia sem sinais de alerta entram nesse perfil. A triagem inicial é feita logo na recepção, com a identificação do paciente e a verificação dos parâmetros vitais como pressão arterial e temperatura. Quem apresentar resultados dentro do intervalo estipulado, a exemplo uma temperatura entre 36,5°C e 37,5°C, segue para a via rápida. Pacientes com comorbidades, idosos, gestantes e crianças, por outro lado, continuam recebendo atenção no fluxo tradicional, com avaliação completa e, se necessário, uso de exames ou internação.
O Fast Track é operado por uma equipe multidisciplinar composta por médicos, técnicos e auxiliares de enfermagem, que seguem protocolos clínicos específicos. Dependendo da avaliação, o paciente pode receber a medicação necessária, ser orientado sobre o tratamento em casa ou ser encaminhado para uma unidade de saúde para acompanhamento posterior. Além de melhorar a experiência do usuário, o modelo busca racionalizar o uso de recursos como exames de imagem, laboratoriais e medicamentos intravenosos, que muitas vezes são desnecessários em casos leves.
Segundo o gestor do HMS, Ricardo Bricidio, a estratégia representa um avanço no acolhimento dos moradores. “Essa é mais uma iniciativa que reforça nosso compromisso com a eficiência, humanização e qualidade no atendimento à população”, declarou.
Para a gerente médica do hospital, Margarete Lima, o modelo traz benefícios tanto para os pacientes quanto para a operação da unidade. “O fluxo específico para casos de baixa complexidade melhora a organização do pronto atendimento”, afirmou. “Com o Fast Track, oferecemos um cuidado mais ágil e eficiente para casos leves, sem perder qualidade ou segurança, tornando o atendimento mais humanizado”, completou a gerente.
Por sua vez, para o secretário municipal de Saúde, Diego Ferreira, o novo formato representa um avanço importante na qualificação do atendimento público. “Esse modelo é inteligente e eficaz, porque desafoga o pronto-socorro e melhora o atendimento de quem realmente precisa de cuidados urgentes, sem deixar de cuidar com atenção dos casos mais simples. É um equilíbrio necessário entre agilidade e segurança”, explicou.
O prefeito de Suzano, Pedro Ishi, destacou o compromisso da gestão municipal com a modernização dos serviços de saúde. “Estamos investindo em soluções que colocam o cidadão em primeiro lugar. Esse novo fluxo vai garantir um atendimento mais ágil, mais humano e mais eficiente, algo que nossa população merece. É uma medida que traz resultados concretos na vida das pessoas”, afirmou.