Cenário é comum nessa época do ano, quando o frio leva ao aumento da gripe e outros vírus.
Quem precisou de atendimento médico nos últimos dias notou que as unidades de saúde estão mais lotadas. Em Mogi das Cruzes, o número de pacientes com gripe e problemas respiratórios subiu 20% até esta quarta-feira (24), segundo a Prefeitura.
O cenário é comum nesta época do ano, quando as temperaturas mais frias levam ao aumento nos casos de doenças como a gripe. A dona de casa Elane Santana Rocha, por exemplo, conta que está com tosse desde o final de semana.
“Como eu vim sábado, tomei uma benzetacil e, realmente, falou que se eu não melhorasse, que era pra voltar. Eu fiquei ruim e voltei. Eu ia vir na madrugada, mas estava muito frio. Eu já tenho sinusite, a tosse é alérgica e não melhora”
A situação da dona de casa Maria Auxiliadora é parecida. Ela reclama de dor na garganta. “Eu estou tomando remédio e está saindo um pouco de sujeira, tudo, mas está doendo muito que eu não consigo dormir. Já tem cinco dias. Minha casa está fria demais”.
Funcionários da UPA do Rodeio confirmam que o fluxo de pacientes com síndromes gripais aumentou nas últimas duas semanas. A unidade recebe mais de 400 pessoas todos os dias. Durante a manhã, três médicos faziam atendimentos clínicos enquanto um seguia na emergência. O tempo médio de atendimento era de 30 minutos.
A Fundação Oswaldo Cruz emitiu um alerta para o aumento de casos de síndrome respiratória aguda grave por causa da Covid-19 e de doenças gripais como a influenza, desde março. Ao todo, 18 das 27 capitais apresentam números elevados de doenças gripais.
NA UPA de Jundiapeba os funcionários também confirmaram o aumento no atendimento de pacientes com sintomas gripais. A unidade recebe mais de 300 pacientes por dia e o tempo médio de atendimento também tem girado em torno de meia hora.
A Crismel Araújo, de 18 anos, e a bebê dela estão gripadas e passaram pelo médico. “Hoje foi bastante rápido o atendimento. É dor de cabeça, nariz escorrendo e tosse. [Minha filha] está na mesma. Tosse e nariz escorrendo. Pegou atestado de três dias”.
Já a Nicoreline Marques não teve a mesma sorte. Ela é a filha demoraram mais tempo pra conseguir se consultar com o médico. “A febre vai e volta. O atendimento é péssimo. Você fica 40 minutos só pra passar na triagem. Na semana retrasada eu estive aqui com a minha pequenininha que tem asma, uma demora pra ser atendida. Muito precário o atendimento aqui mesmo”.
Em nota, a Prefeitura de Mogi das Cruzes destacou que a UPA de Jundiapeba e outras unidades de pronto-atendimento estão com alta demanda por conta da queda na temperatura, além do aumento dos casos de gripe e demais doenças respiratórias.
Informou que todos os pronto-atendimentos adotam a triagem e classificação de risco para priorizar os pacientes mais graves. Disse, ainda que todas as unidades trabalham com equipes completas e reforçadas para garantir o atendimento.