Caraguatatuba está com todas as praias classificadas como próprias para banho, conforme recente avaliação de balneabilidade realizada pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).
A chamada “bandeira verde” é um indicador de que as águas estão dentro dos padrões de qualidade exigidos para atividades recreativas. A avaliação assegura que os banhistas podem utilizar as praias de Caraguatatuba sem risco de exposição a contaminantes que podem afetar a saúde pública.
A manutenção da qualidade das águas é fundamental tanto para o turismo quanto para o bem-estar da população, já que as praias são um dos principais atrativos da cidade. Além disso, essa avaliação positiva também reflete no equilíbrio do ambiente marinho, pois indica que a qualidade das águas está em conformidade com os padrões necessários para sustentar o ecossistema local.
A atuação do poder público é essencial para garantir que os sistemas de saneamento básico e o monitoramento da qualidade das águas estejam funcionando adequadamente. Isso inclui a implementação de políticas de coleta e tratamento de esgoto, além da fiscalização sobre as fontes de poluição e da educação ambiental.
A administração municipal tem um papel importante para manter as praias com boa qualidade para o banho, a começar pelo trabalho de conscientização das pessoas e as políticas públicas voltadas para o saneamento e a preservação ambiental.
O que é a Balneabilidade
É o que define a qualidade da água com base na presença de poluentes, em especial bactérias fecais. A Cetesb utiliza como indicador a densidade de enterococos, que são bactérias provenientes de esgoto. Quando esses níveis estão elevados, há risco de doenças para os banhistas, especialmente para crianças, idosos e pessoas com o sistema imunológico comprometido.
Diversos fatores influenciam na balneabilidade, como a presença de sistemas de esgoto nas proximidades, córregos que desembocam no mar, a intensidade do turismo, as condições climáticas e a ocorrência de chuvas. O controle da poluição e o monitoramento constante da qualidade das águas são fundamentais para assegurar que as praias continuem próprias para o banho.
A classificação de balneabilidade das praias segue os critérios da Resolução nº 274/00 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). As praias podem ser classificadas em “própria” ou “imprópria” para banho, com a categoria “própria” dividida em “Excelente”, “Muito Boa” e “Satisfatória”, conforme os níveis de enterococos encontrados nas amostras coletadas.
A Cetesb considera imprópria para banho uma praia onde a densidade de enterococos ultrapasse 100 UFC/100 mL em duas ou mais amostras, ou 400 UFC/100 mL na última amostra de um conjunto de cinco. Além disso, outras condições, como a presença de óleo, maré vermelha ou floração de algas tóxicas, também podem desqualificar uma praia para recreação.